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quarta-feira, 16 de junho de 2010

Imagens que vemos, falso mundo que temos

Rotular e estereotipar pessoas, fatos e intuições tornou-se uma constante na sociedade brasileira, de modo que é muito difícil não construir imagens, expectativas e conceitos sobre tudo e todos que se encontram em torno de nós. Com isso, acredito ser esta prática a grande causadora de falsas verdades e de cidadãos que têm planejado suas vidas a partir de utopias.

Sonhar e até mesmo iludir-se, são sentimentos necessários, mas que devem sem limitados e dosados, uma vez que não garantem compromisso qualquer com a realidade. A televisão é um exemplo disso, mexe com esses valores e muitas vezes só transmite aquilo que seus telespectadores desejam ver, contribuindo assim, com a manutenção de cidadãos menos racionais e mais conformados.

Nas palavras de Hobbes "O homem é lobo de si mesmo", ilustra características humanas, como a dualidade comportamental e a capacidade de prejudicar a si mesmo, ou seja, não é sempre que podemos confiar totalmente nas demais pessoas ou naquilo que essas nos passam, prova disso são os políticos que se promovem através de imagens. Esse tem sido um grande problema social, pois a alta credibilidade nessas imagens permite a ocultação da realidade. Além disso, penso que o povo brasileiro, na sua grande maioria não sabe digerir informações recebidas, nem discernir quais discursos merecem ser ouvidos ou não.
Enfim, as imagens que recebemos sobre as pessoas, fatos e instituições não condizem com a realidade, uma vez que toda ação humana passada e transpassada pode vir a ser intencional enganosa ou indutiva, a ponto de persuadir aqueles que as vêem. Afinal de contas, somos seres enganadores que também gostamos de enganar e manipuladores que se deixam manipular.

 
 
 
Luciele Rocha de Oliveira

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