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sexta-feira, 25 de junho de 2010

Patriotismo futebolístico... Ordem?Progresso?

Em épocas de copa o país inteiro parece se transformar, a maioria dos brasileiros se pasma em frente aos televisores com um só intuito: o de torcer por sua nação, mas por que esse amor fervoroso a pátria só aparece de quatro em quatro anos?Será que essa pátria corresponde e merece torcedores? Sou contra a liberação de trabalhadores e estudantes para assistirem aos jogos do Brasil na copa do mundo, pois este evento não acrescenta melhoria significativa na vida daqueles que pararão para assistir. Por trás da copa há política e lucratividade, copa é pão e circo.

Contesto a liberação dos trabalhadores e estudantes no horário dos jogos brasileiros, não por achar incorreto torcer e vibrar com os gols, até porque é encantador ver as pessoas vestindo a camisa do país e valorizando o esporte popular, contesto por saber que há uma entidade privada (FIFA) que se beneficia a custa do sentimento patriótico que une os torcedores. Esses acabam se prejudicando trocando horas de serviço ou de estudo, que deverão ser recuperados mais tarde, por minutos em frente à televisão, que afasta da realidade, uma vez que quem ganha de fato à copa não são os torcedores e sim os membros elitistas.

Acrescento também a coação proveniente daqueles que liberam seus subalternos, pois permitir a saída de alguém para assistir ao jogo implica em induzir esse alguém a fazê-lo, quase que obrigatoriamente. Cria-se assim uma incumbência para cada cidadão, a tarefa é torcer, logo, aquele que não exalta sua seleção, que não se cerca de bandeiras e vuvuzelas ou não liga a TV é taxado de não ter patriotismo ser “apatrióta”.

Enfim, creio que liberar estudantes e trabalhadores para assistirem a copa do mundo não passa de uma atitude retrógrada, desnecessária e egoísta, pois se aproveita da carência de lazer e de diversão que o povo tem, e inventa-se a falsa idéia de que a vitória da seleção é a solução para as mazelas populares. De que adianta ter os melhores jogadores do mundo se seguimos com uma das piores políticas sociais, o patriotismo futebolístico é desordem!Retrocesso!

1 comentários:

Gabriel Dal Carobo disse...

Fran, eu discordo do teu post (na maioria dele), mas tu tem que concordar comigo em uma coisa: O que é o mais atrativo no País Brasil senão o futebol, as estrelas da bola, o pentacampeão mundial, a terra do Rei Pelé, o exportador de craques? Pois é, Essa é, digamos cruelmente, o ÚNICO orgulho de ser brasileiro, já que nossa política, educação, saúde, segurança não são nem um pouco motivo para o patriotismo. Então eu acho que esse patriotismo a cada quatro anos uma boa, porque une mais de 190 milhões de brasileiros que lutam pelos mesmos objetivos e anseios, torcendo para que seu País seja bom naquilo que sabe fazer: jogar futebol.
Não sou sócio da FIFA, mas tenho certeza que eles não roubam nosso dinheiro como nossos eleitos fazem conosco, e até digo que a FIFA, mesmo sendo 'privada', tem projetos sociais em vários lugares do mundo, o que está tendo destaque atualmente é o 1GOAL que luta pela educação de crianças carentes na África. Já viu algum político fazendo isso? Pois é, eu também não. Enfim, respeito teu ponto de vista, óbvio, mas como eu sou apaixonado pela mágica da Copa do Mundo, não hesitei em comentar .
Abraços!

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