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terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Soneto da Separação




De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.

De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.

De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.

Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.

Vinicius de Moraes

3 comentários:

Rart og Grotesk disse...

Adorei!!!Principalmente essa parte :"De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama." maravilhoso!
vou te seguir!
gostaria que conhecesse meu blog http://artegrotesca.blogspot.com
bjos

Erika Freitas disse...

AMO Vinícius de Morais.
E esse soneto é maravilhoso.
Ótima escolha!

Guilherme Hollweg disse...

Vinicius de Morais é genial.
Parabéns pelo blog Fran,continua muito bom.

Ahh, esqueci de te avisar, minha namorada vai ser tua colega de curso a partir desse próximo semestre. Ela cursava história na Unifra, mas consegui "convencê-la" a fazer na federal.
Espero que se tornem amigas. hehehe

Abraço,


Guiga Hollweg

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