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sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Era à exceção daquela regra...
No meio daquelas pessoas ela era a estranha.
Num mundo que não era o seu, tentava sobreviver
Enquanto uns fotografavam roupas, mulheres bonitas, sapatos e bolsas,
ela fotografava pessoas com suas realidades , mas que muitas vezes poucos viam-ou fingiam não ver-
Quando tentava mostrar seu trabalho, falar o que pensava e expor seus sentimentos,o conseguia.
Porém fora durante muito tempo e ainda hoje tratada como louca.
Talvez seu destino seja a casa verde, talvez seja ficar como sempre...
Uma eterna inconformada.





Aguardo seus devaneios em dosblocosaoblog.blogspot.com
Para Luciele Oliveira

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

De uma conversa, saiu isso...

Sempre as mesmas idéias que não batem...
Sempre as mesmas esperanças nunca preenchidas...
Todas essas coisas...
É Como
Ficar apostando inúmeras vezes no mesmo número e ele nunca ser sorteado...
Queria que só um abraço ajudasse...
Mas
...
Ele não ajuda.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Maxwell's silver hammer


quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Os morangos

Tive uma Professora de Português no Ensino Fundamental chamada Rita... Muitas vezes os alunos não prestavam atenção no que ela falava, mas lembro muito bem do esforço da Professora em instigar a leitura e a escrita.
Uma vez ela trouxe esse conto para sala de aula... Nunca me esqueci.
Apreciem Os Morangos de Giselda Laporta Nicolelis

A vizinha espiou por cima do muro.
-Bom dia seu Agenor!
-Bom dia.
Que lindos estão estes morangos,que maravilha.O senhor não colhe,seu Agenor?Estão no ponto.
-Não gosto de morangos.
-Que pena,aqui em casa somos todos loucos por morangos.As crianças então nem se diga.Se não colher vão apodrecer no pé,uma judiação.
-É.
-Se o senhor não se incomodasse,eu colhia um pouco.Já que o senhor não gosta de morangos.
-Com licença,preciso pegar o ponto na repartição.
-A vontade seu Agenor.E os morangos?
-Não prestam para comer.Têm gosto de terra.
-Pena, tão lindos.
Saiu para repartição.Voltou à noite.O luar batia em cheio no canteiro dos morangos.Acercou-se em silêncio.Estavam bonitos mesmo.De dar água na boca.Pena que não pudesse comê-los.
Suspirou fundo.
Mariana,tão linda.Linda como uma flor.Mas tão desleixada,tão preguiçosa.Comida mal feita,roupa por lavar,pratos gordurosos. E aquele gênio!Sempre descontente,exigindo tudo o que não podia lhe dar,espezinhando-o pelo seu magro salário.
Fora realmente uma gentil idéia plantar os morangos depois de enterrara no jardim.

Giselda Laporta Nicolelis

domingo, 4 de dezembro de 2011






"Não havia como escapar; a Humanidade progredia em etapas, e os homens , na verdade, faziam parte, cada grupo à sua maneira, de determinados estágios da civilização".

Lilia Schwarcz
     As Teorias Raciais











Ontem minha irmã, muito interessada em fotografias, me chamou:
"Fran!Vem ver isso aqui!"
Fiquei espantada com as fotos que vi...Uma série delas expressavam o que eu estava lendo...

Fotos de uma época em que a diversidade étnica passava a ser cientificamente justificada por teorias progressistas e evolutivas.
Onde as grandes exposições aconteciam para evidenciar as diferenças e mais que isso, mostrar as superioridades daqueles que acreditavam possuir.

Ah! Antes que eu me esqueça...A chamada da reportagem dizia:

Exposição relembra shows étnicos com humanos 'exóticos' na Europa

"Mostra retrata como indígenas e deficientes físicos foram exibidos durante séculos em feiras, circos e zoológicos no Ocidente".






Na foto, cartão postal com 'um pequeno grupo de peles vermelhas', exibidos em 1911.

Cartão postal apresenta javanesas Kapong na Exposição Universal de Paris de 1889, que marcou a inauguração da Torre Eiffel.

Tribo indígena Nyambi é exibida no jardim zoológio da Acclimation de Paris, em 1937.



Mulher da etnia Achanti, de Gana, é exibida no jardim zoológico da Acclimation de Paris, em 1903. Foto: grupo de pesquisas Achac, coleção particular.


Em 1895, o fotógrafo Joannès Barbier organizou uma exibição no Champs de Mars, em Paris, de 350 pessoas senegalesas e sudanesas. Barbier realizou três exposições 'reconstituindo' vilarejos africanos.

 
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