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sexta-feira, 16 de outubro de 2009

A música virou comércio

Basta olhar ao seu redor para perceber que todos os dias somos bombardeados por sons, basta perceber que hoje não é raridade ver pessoas com fones nos ouvidos e que músicas tocam a todos os instantes, nas propagandas, nas escolas, nos rádios e no computador. Em todo lugar tem música.


É assustador ver como está o cenário musical brasileiro. As pessoas simplesmente “vestem” um estilo determinado pelo modismo, não procurando atender “exigências” para uma boa música, mas sim, o que está NA MODA, o que vende mais, o que todos usam o que chama mais a atenção, o que a televisão mostra e por uma questão de não ser passado para traz, todos acabam ouvindo ou no mínimo conhecendo.

Acredito ser lamentável a maneira como hoje as pessoas estão submissas ao modismo musical, servindo a ele como obedientes cachorrinhos.

A situação é bem visível: A mídia lança, o povo aceita, o mercado produz e as gravadoras enchem os bolsos. Não precisa de muito esforço mental para concluir isto, basta ver as músicas feitas hoje, elas estão mais para o lado COMERCIAL do que para o lado “puro” da arte musical, assim dizendo.Este lado puro que falo, seria a significância que uma canção tem, o porque dela ser feita, para quem ela foi feita, incluindo toda estética e arte que as músicas trazem consigo.

Basta observar também como os artistas possuem uma validade, eles simplesmente “passam”, depois retornam, assim como toda MODA.

Em meio a este desfile, sugiro ao leitor que não perca tempo com produções musicais passageiras, aqueles famosos hits que vendem muito, mas dizem pouco. Que ocupem seus ouvidos com coisas de qualidade, os imortais da música, pois estes, apesar do tempo, sempre terão uma música boa para uma boa hora. Ah! E com certeza já houve um tempo em que os músicos escreviam por uma causa que não se chamava DINHEIRO.

3 comentários:

grings disse...

Nos tempos dos nossos lendários Beatles e Rolling stones aquelas músicas eram extremamente comerciais para o pensamento da época e às gravadoras(que enchiam muito mais os bolsos) estavam pouco se lixando para o significado delas. O que acontece hoje é que a sociedade em si se comporta de maneira diferente. Aquele papo de "paz e amor" caiu na chacota, o sistema venceu, e hoje vivemos na mais profunda exploração sexual e de sentimentalismos baratos(para salvar essas gravadoras ultrapassadas da tecnologia).

Mariana Feistauer disse...

O comércio sempre esteve ligado a música, a manipulação sempre foi muito grande, mas antigamente se exigia mais, se pagava por música "arte", hoje em dia são poucas as pessoas que se satisfazem com arte, a maioria prefere um tuntz tuntz que não transmite coisa alguma, que é fácil (considerado divertido), o que ocorre com a música acaba ocorrendo também com as outras formas de arte e pra pessoas como nós é uma pena poluirem tanto nosso gostos.
beijo fran, escreve muito bem babe.

Carolina disse...

amei o texto fran, mas eu acho inevitável que a "moda" passe por cima da verdadeira "essência" da música, inclusive alguns dos grandes expoentes da música eram submetidos ao mercado, como o guri ali em cima citou. em contrapartida, outros não. esses outros, se forem bons, vão, normalmente, entrar nesse exército também, criando um ciclo. a indústria músical fodeu com a arte e enquanto isso um zilhão de bitolados compram os cds da fresno e dos jonas brothers.
saudades tuas. beijos :*

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